Rio -  Uma pesquisa da Living Construtora, do grupo RJZ Cyrela, indicou que o preço médio do metro quadrado na região aumentou mais de 100% entre 2007 e 2011, e passou de R$ 2.350 mil para R$ 7 mil. O estudo revelou ainda que a maioria dos compradores de imóveis em bairros como Tijuca e Del Castilho tem de 26 a 40 anos, e 75% são casados.

O gerente de Incorporação da Living, Alexandre Calazans, afirma que há migração de pessoas de outros bairros, onde os preços subiram mais, por causa de lançamentos na Zona Norte de condomínios com lazer e segurança. Ele diz ainda que a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) também influenciou.

“A Tijuca voltou a ser um bairro desejado, e o reflexo chega a outros bairros da Zona Norte”, diz Calazans.

Perspectiva da fachada do Rio Parque, em Del Castilho: apartamentos com dois quartos a partir de R$ | Foto: Divulgação
Perspectiva da fachada do Rio Parque, em Del Castilho: apartamentos com dois quartos a partir de R$ | Foto: Divulgação

Ele cita como exemplo do aumento pela procura na Zona Norte o Rio Parque, em Del Castilho, que está com 70% vendidos. Os apartamentos, com dois quartos, custam a partir de R$ 213 mil.

A Rossi também investe na Zona Norte. O diretor regional da construtora, Rafael Cardoso, explica que, na hora de comprar, são levados em consideração a infraestrutura do bairro e o preço.

“Eles procuram transporte acessível e boa localização, com comércio, segurança e lazer”, destaca.

Ele alega que cada bairro tem suas peculiaridades, mas, em geral, os imóveis da Rossi são compactos, de 45 a 75 metros quadrados, com dois ou três quartos, suíte, vaga na garagem e áreas de lazer semelhantes às que existem nos grandes condomínios da Barra da Tijuca.

“Vamos continuar investindo porque a Zona Norte apresenta grande potencial de crescimento econômico e imobiliário”, adianta Cardoso.

Serviços sem pagar muito mais

A gerente de Marketing do Grupo Avanço Aliados, Erika Moulin, cita o Norte Dreams, no Cachambi, que será entregue em maio de 2013, como exemplo do que se passa na região. A maioria dos compradores é de recém-casados atraídos pela opção com segurança e área de lazer.

O diretor da agência Percepttiva, Rafael Duarte, especialista em marketing imobiliário, destaca também a opção de moradores de permanecerem no local. “Antes, buscavam outros bairros, como a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes. Com as UPPs, o cenário mudou”.

Além disso, diz Duarte, há agora na região condomínios com os mesmos conceitos da Barra, com segurança, lazer e padrão visual. E ressalta que compradores da Zona Norte se preocupam com o preço do condomínio.

Ele destaca ainda que, com a Linha Amarela, caiu o tempo para ir à Praia da Barra. “Com as obras da Transcarioca, bairros como Madureira, Vila da Penha e Vaz Lobo serão as grandes promessas nos próximos anos”, adianta.

Alargamento da Praia das Flechas prevê desapropriação de imóveis

 

Prédio de três andares, na esquina da Rua Pereira Nunes e a Avenida Benjamin Sodré, será recortado para viabilizar novo projeto de trânsito

Thaís Sousa

Publicado: <:time property="na:datePublished" datetime="2012-02-12T13:00">12/02/12 - 13h00
Atualizado: <:time property="na:dateModified" datetime="2012-02-10T20:21">12/02/12 - 13h00
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Prédio de três andares será recortado para tornar a via mais larga
Foto: Eduardo Naddar
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Prédio de três andares será recortado para tornar a via mais larga Eduardo Naddar

A s obras de alargamento da Avenida Almirante Benjamin Sodré (Praia das Flechas) foram retomadas, porém rodeadas de polêmica. O projeto prevê a desapropriação de parte de um edifício, localizado na Rua Pereira Nunes 6, que será recordado para viabilizar a reformulação viária. Mas os moradores do prédio não foram notificados oficialmente.

— Um projeto desse não poderia ser iniciado sem consulta pública ou notificação. Assim, não se pode assegurar que as obras serão concluídas — diz o presidente da Associação de Moradores da Boa Viagem, Carlos Augusto Valdetaro.

Uma moradora que não quis ser identificada confirmou que não houve contato algum por parte da prefeitura com os moradores do prédio:

— Ficamos sabendo, através de outros moradores, mas não sei se é oficial — alega.

Por nota, a prefeitura limitou-se a dizer que “a desapropriação dos imóveis passa por um processo legal para ser concluída”, mas não informou quando notificará os moradores e nem deu detalhes ou prazo de conclusão das obras.

Não é a primeira vez que a prefeitura inicia projetos ambiciosos sem concluir a etapa de desapropriação. Outros dois pontos de intervenção ainda apresentam esse tipo de pendência. Na Avenida Marquês do Paraná, os moradores de um edifício que será afetado para a implantação do mergulhão ainda não foram notificados, embora as obras tenham previsão de conclusão para o fim do ano. Na Estrada Francisco da Cruz Nunes, algumas desapropriações para obras de trânsito também não foram concluídas.

A prefeitura explicou que existe uma tramitação legal que está sendo seguida, e, no momento devido, os moradores serão notificados.



Leia mais sobre esse assunto em https://oglobo.globo.com/niteroi/alargamento-da-praia-das-flechas-preve-desapropriacao-de-imoveis-3944469#ixzz1mMIi4rM4
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Imóveis: Mercado segurador não oferece proteção contra desabamentos

 
Agência Brasil -

O desmoronamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro, há duas semanas, e o desabamento parcial de um edifício comercial em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, na segunda-feira (6), podem levar o mercado de seguros a criar um novo produto, que cubra esse tipo de risco.

Atualmente, o chamado seguro garantia cobre riscos de engenharia, entre os quais desmoronamentos ou erros de projeto, mas apenas na fase de construção do imóvel. Mas não cobre desabamentos quando o edifício já está pronto. O construtor responde por eventuais problemas ao longo dos primeiros cinco anos da edificação. "Caberia aos moradores ou proprietários dos imóveis buscar essa cobertura", disse o presidente do Clube dos Corretores de Seguros do Estado do Rio de Janeiro, Amílcar Vianna.

Ele lamentou que o mercado ainda não ofereça um seguro específico para desabamentos, levando-se em conta as perdas econômicas das pessoas que tinham patrimônio nesses prédios e que, de uma hora para outra, acabam perdendo tudo. O tema está sendo discutido pelos corretores e será levado às seguradoras para que incluam esse tipo de cobertura entre os produtos ofertados.

Não há impedimento legal para que isso ocorra. "Falta entendimento do segurador para ofertar esse tipo de risco, como do mercado de comprar". Lembrou que, há muitos anos, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) lançou cobertura ampla para seguros de condomínios, que incluíam desmoronamento. O que ocorreu é que essas coberturas elevaram o valor das apólices. "Tanto os consumidores não compraram, porque era muito caro, como os seguradores preferiram ficar nos riscos que já conheciam: incêndio, responsabilidade civil, danos elétricos, que tradicionalmente são contratados".

Para Viana, os desabamentos no centro do Rio de Janeiro e em São Bernardo do Campo podem mostrar às empresas que há mercado para seguros contra desabamentos. E lembrou que, no século 17, o incêndio que devastou Londres foi o impulsionador desse tipo de seguro na Inglaterra.